LT: o que é e como funciona
- Nathalia universoeditor@gmail.com
- 8 de ago. de 2020
- 7 min de leitura
Olá tios e tias! Hoje é o Chico escrevendo aqui para vocês!
Como puderam ver, Clarice nos deixou 😦
Mas não podemos parar e seguimos aqui por ela e por nossos resgatinhos, tanto que minha colega Sálvia veio escrever para o blog também! Então vamos ao post.
Ao ouvir LT, é difícil entender do que se trata, não é? Bem, LT é uma sigla para Lar Temporário, que é exatamente isso aí (risos). Parte dos voluntários da Gatópoles doam seu tempo e espaço, se oferecendo para dar LT aos gatinhos que precisam até que sejam adotados!
Está pensando em se voluntariar? Confira então os requisitos para oferecer Lar Temporário:
1. O Lar temporário deve ser em apartamento telado ou casa sem rotas de fuga ou riscos de queda e, após autorização da liderança da ONG, o voluntário deverá levar para sua casa um gatinho resgatado e permanecer com ele até que seja adotado;
2. O voluntário deve ter um local onde o gatinho possa permanecer isolado de seus próprios pets (caso tenha), tal como: um quartinho, ou um banheirinho com iluminação natural e arejado. O gatinho só pode ser colocado junto aos da casa após liberação do responsável pela ONG, após vacinas, testes e castração, e se o gatinho da casa também for testado, vacinado e castrado, caso contrário não poderão conviver;
3. Caso o gatinho não manifeste nenhuma doença, ele poderá ser liberado para adoção. Caso contrário, o voluntário deverá fazer o tratamento até que esteja curado. Após estar saudável, o gatinho deverá ser vermifugado, castrado e vacinado. Para estes procedimentos, o voluntário deve levar o gatinho nos locais indicados pela Gatópoles;
4. A alimentação, areia, medicamentos ou outros itens utilizados pelo gatinho, enquanto estiver em lar temporário, são de responsabilidade da Gatópoles. A retirada dos itens e/ou reembolso por compra deve ser autorizados pelo responsável.
A adoção de um gatinho em Lar temporário ocorre da mesma forma que os gatinhos que estão na sede, deve ser tratada via formulário no site da Gatópoles. Não é permitida a doação ou entrega do gatinho pelo Lar temporário sem antes aprovação do formulário e liberação do nosso voluntário responsável pelas adoções. Caso um amigo ou parente do LT se interesse e adotar, deve preencher o formulário e aguardar as instruções;
Toda e qualquer alteração na saúde do gatinho em Lar temporário, a Gatópoles deve ser comunicada.
Quer saber ainda mais? Então, a equipe do blog entrevistou alguns voluntários para entender melhor como funcionam as coisas.
Primeiro falamos com a Melissa – responsável pelas adoções na Gatópoles:
Oi, Melissa! Então, por que os gatinhos precisam de LT?
Melissa– Porque alguns gatinhos requerem alguns cuidados especiais como ração medicamentosa, medicação, ou têm imunidade mais baixa (como no caso dos filhotes, das prenhes, das mamães recém-paridas, dos mais velhinhos) e precisam de um ambiente que tenha menos gatinhos, para poderem ficar mais saudáveis.
Quantos gatos a ONG mantém em Lares Temporários atualmente?
Melissa – 113 gatos no abrigo + 49 em LT.
E o que você diria para quem está pensando em oferecer LT?
Melissa – Eu fiz muito LT e posso dizer que é uma experiência muito gratificante. Saber que você pode mudar a vida de um ou mais gatinhos, por apenas oferecer um cantinho quentinho, comida e amor, não tem preço. E eles ainda te retribuem com muito amor. Quando eles vão para a casa nova, a gente fica num misto de tristeza e alegria, mas com a satisfação de que a missão foi comprida e que outros gatinhos poderão ser ajudados.
Abaixo você vê alguns dos LTs que já ficaram com a Melissa:
















Falamos também com a Camila, que tem dado Lar Temporário para o próprio Chico e para a Florença!
Oi Camila! Por que você decidiu ser LT?
Camila – Sou voluntária da ONG desde 2014 e faço LT sempre que possível. Como estou indo morar com meu namorado, resolvemos oferecer LT pra algum gatinho que já estivesse a muito tempo no abrigo e, nesse caso, era o Chico. A Florença é um antigo amor, já tinha feito LT quando chegou com 6 filhotes.
Ser LT mudou algo em sua rotina?
Camila – Na verdade não. Só incluiu uma dose extra de carinho e gratidão
Como é abrigar gatos adultos?
Camila – Bem tranquilo, mesmo. Eles já possuem uma personalidade formada e temos uma maior noção de como se comportam.
O que você diria para quem está pensando em oferecer Lar Temporário?
Camila – FAÇAM! É muito gratificante. Eles se sentem mais seguros, acolhidos e ainda recebemos muito amor em troca.
E vejam como o Chico e a Florença estão no lar temporário!











E a Camila ainda deu um depoimento à parte sobre o Chico! Olha só:
O Chico estava bem magrinho no abrigo e era um gatinho assustadinho. Hoje ele já deu uma boa engordada e não se esconde mais. Apesar de ainda se assustar com movimentos bruscos já aceita carinho mais longos e as vezes até forma na cama com a gente. Florença se sente a dona da casa e se tornou o ponto de confiança do Chico.
Depois com a Thaís, uma das LT’s mais antigas da Gatópoles:
Por que você decidiu ser LT?
Thaís – Porque havia uma ninhada que não tinha pra onde ir, iam colocar na rua e ninguém mais se prontificou.
Como foi a experiência no começo?
Thaís – É a mesma experiência todas as vezes: muito gratificante.
Você notou alguma mudança no comportamento dos gatinhos que abrigou/abriga?
Thaís – Em geral, eles vão ficando mais confiantes, mais dóceis e carinhosos, conforme convivem de perto com a gente. Eles trazem muita alegria e muito amor pra vida da gente! Vale muito a pena. E quando você olha aquela coisinha fofa e pensa que estaria amargando todo tipo de dificuldade na rua (se é que sobreviveriam), você tem certeza que vale a pena.
Ser LT mudou algo em sua rotina?
Thaís – Sim, eu tenho que cuidar dos gatinhos e dar atenção e carinho, pra que fiquem bonzinhos e consigam logo uma família.
O que você diria para quem está pensando em oferecer Lar Temporário?
Thaís – Eu diria que vale muito a pena. Você altera sua rotina por um tempinho e salva uma vida ou várias. E a mudança na rotina é tão boa e cheia de amor! Não entendo como as pessoas que dizem gostar de gato relutam tanto em ajudar, porque quem tem gato sabe que eles dão muito pouco trabalho e dão muita alegria em troca!
Sabem, quando acontecem os resgates de gatinhas prenhas, elas precisam urgentemente de LT, pois não é possível monitorá-las o tempo todo no abrigo. Então corremos para conversar com a Thaís de novo (risos), que já abrigou muitas mamães e seus filhotes:
Você nota alguma mudança no comportamento da mamãe depois de abrigá-la?
Thaís – Sim, normalmente elas chegam assustadas, depois vão relaxando quando veem que não tem perigo.
Você já ofereceu Lar Temporário a muitas mamães, né? E geralmente os filhotes são adotados primeiro. Sabe nos dizer como ela fica ao ver os filhotinhos partirem?
Thaís – Nos primeiros dias elas sentem falta deles e depois vão acostumando.
E vocês sabiam que a colega Sálvia também está em um Lar Temporário? Conversamos com a Whilla, que abriga ela e o Plutão:
Por que você decidiu ser LT, Whilla?
Whilla – Eu sempre quis fazer mais trabalhos sociais e ajudar mais as ONGs mas pela falta de tempo e de não ter carro dificulta um pouco. Eu quis ser LT porque era uma forma de ajudar um pouco. Eu tenho um pouco de espaço e já cuidava de gatos, então era algo que eu poderia fazer sempre. Mas, honestamente, é tão prazeroso e divertido ter os gatinhos em casa que as vezes esqueço que eles são lar temporário (risos).
Como isso tem influenciado sua rotina?
Whilla– Os dois não influenciaram muito. No começo exigiu um pouco de preocupação, tempo e atenção porque eles estavam começando a andar pela casa, descobrir novos cômodos e eu tenho outros gatos. Exigiu também um pouco de atenção com os objetos largados, coisas pontudas e altas por causa do Plutão, que é ceguinho. Mas agora já não influencia muito. Exceto quando o Plutão vem miando muito exigindo atenção e petiscos no meio de alguma reunião (risos).
Como é a relação entre a Sálvia e o Plutão? Acha que se dariam bem em uma adoção conjunta?
Whilla– Os dois são super colados. Quando eles chegaram aqui, nem se mexiam e ficam colados um no outro. Eles são completamente amigos e se complementam muito. A Sálvia é muito tímida e amendrontada, então o Plutão é o desbravador. E a Sálvia é quem cuida e lambe o Plutão. Os dois não poderiam ser adotados separados, porque sentiriam muito a falta um do outro e o desenvolvimento deles na casa está atrelado a presença do outro. O Plutão só andava até onde a Sálvia já tinha ido. Ela só dorme com ele. Eles são muito coladinhos!
Você notou alguma mudança no comportamento dos dois gatinhos ao chegar?
Whilla– Então, eu não os conheci no abrigo. Mas pelo que me contaram, eles eram muito reservados, ele tremia muito e não fazia praticamente nada. Eles ficaram presos na gaiolinha.
Acha que eles se soltaram mais com você?
Whilla– Os dois chegaram aqui e eu nem via eles levantarem para comer ou usar a caixinha de tanto medo que tinham (risos). Agora o Plutão é quase o chefinho da casa.
E ela nos mandou várias fotinhas dos dois no lar temporário!












Então, pessoal, estes são depoimentos que mostram a realidade dos nossos gatinhos. Entendam que um gato precisa de amor e carinho e, apesar de terem tudo o que precisam no abrigo, alguns não podem ficar direto por lá.
Dúvidas? Depoimentos? Comentem! Queremos saber!
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Beijos e lambidas! ❤
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